Autismo

O Autismo, hoje conhecido como TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) é um transtorno do neurodesenvolvimento que atinge algumas funções neurológicas, impactando o desenvolvimento de algumas áreas cerebrais. Isso geralmente faz com que apareçam atrasos significativos dos marcos do desenvolvimento infantil e de algumas habilidades.

Justamente por ser um Espectro, a criança com diagnóstico pode apresentar vários sintomas diferentes que englobam a comunicação inadequada, dificuldade de socialização, bem como interesses restritos e estereotipados. Como o Autismo não é uma doença e sim um transtorno, não tem cura. Porém, o tratamento é essencial para desenvolver e estimular habilidades sociais, cognitivas, motoras e de comunicação para reduzir os prejuízos que os sintomas acarretam.

Ciência ABA

Atualmente o método mais recomendado e com eficácia comprovada cientificamente para o tratamento do Autismo é a terapia pautada na Análise do Comportamento Aplicada, o famoso ABA, que é uma ciência que se propõe a estudar o comportamento de todo ser vivo e tem como objetivo aumentar o repertório de habilidades e reduzir déficits comportamentais.

E é exatamente com isso que nós trabalhamos.

Mais especificamente com o que é conhecido hoje por ABA Naturalista, que nada mais é do que a aplicação dessa ciência de forma lúdica, divertida, através de jogos e brincadeiras, onde o aprendizado se dá de maneira natural e prazerosa.

Como medir a evolução?

Quando a criança chega e passa pelo processo de avaliação, nós definimos metas e objetivos a serem alcançados. Este processo é individualizado e leva em consideração os marcos do desenvolvimento e a história de vida e realidade de cada criança. Então, assim como cada criança é única, também cada uma terá o seu programa de objetivos terapêuticos.

E como medir se ela está evoluindo dentro daquilo que foi programado para ela? Fazendo a reavaliação!

Nós sempre registramos e avaliamos como está sendo o desempenho da criança durante todo o processo.

E a cada 3 meses, aproximadamente, reaplicamos a avaliação e reavaliamos os objetivos.

Equipe Multi

É de extrema importância que o tratamento de crianças com TEA ou atrasos no desenvolvimento seja realizado por equipe multidisciplinar.

Nós, do Espaço Ninho, prezamos por isso e uma das nossas prioridades é que o tratamento, os objetivos terapêuticos e o manejo dos comportamentos esteja alinhado entre todos da equipe.

Por isso, realizamos reuniões periódicas com os demais profissionais.

Por que tantas horas de terapia?

Essa é uma dúvida de muitas famílias! E nós entendemos, afinal, parece muita coisa quando o médico fala. Mas, você sabia que existe uma explicação para isso?

Primeiro: porque é cientificamente comprovado! A neurociência e os estudos realizados nessa área dizem que a quantidade de horas que ficamos em contato com determinados assuntos ou atividades irá determinar nosso nível de habilidade nisso. Ou seja, quanto mais tempo nos dedicamos em algo, melhor ficaremos em fazer aquilo!

"Mas meu filho é só uma criança, vai ficar cansado e precisa de outras coisas também, como ir para a escola!" Sim! Está certo. Nós sabemos de tudo isso! Mas, você sabia que quanto antes iniciamos as terapias (ou qualquer atividade que fizermos na vida, como aprender uma nova língua) mais facilidade temos de aprender? Isto é explicado pela Neuroplasticidade, que é justamente essa capacidade que o nosso cérebro tem para aprender coisas novas. E ela é maior, quando somos menores. Exatamente, quanto mais o tempo passa, menos Neuroplasticidade temos. Isso quer dizer, então, que meu filho não vai aprender nada porque já é mais velho? Não! Só vai ficando um mais difícil e é por isso que os especialistas frisam tanto a importância do diagnóstico e intervenção precoce!

Ah, só para lembrar: a quantidade de horas de terapia pode e deve ser organizada em todas as esferas da vida da criança. Ou seja, não só em consultório, mas em casa e na escola também, por exemplo.

Terapias

  1. Terapia em consultório
    Acontece semanalmente, com a Terapeuta Coordenadora, para acompanhar a evolução da criança e desenvolvimento dos programas. Neste contexto que é realizada a avaliação e reavaliação da criança.
    A psicóloga coordenadora que irá fazer avaliação, traçar os objetivos, supervisionar todas as ATs e orientar a equipe multidisciplinar e os responsáveis.

  2. AT's (Acompanhantes Terapêuticas)
    Complementam as horas que foram estabelecidas no plano de tratamento da criança. Fazem o acompanhamento a domicílio ou em contexto escolar, aplicando os programas que foram definidos após a avaliação e aproveitando as oportunidades de aprendizagem em contexto não controlado (fora do consultório) para estimular a criança de maneira mais natural possível e em tarefas diárias

  3. Orientação Parental
    No nosso programa de intervenção, prezamos em colocar uma quantidade mínima de tempo dedicado exclusivamente para a orientação parental. Assim, as famílias podem ser orientadas e compreenderem melhor o plano de tratamento e programas que estão sendo realizados e como podem ajudar e manejar os comportamentos da criança, de acordo com os objetivos definidos. Estendendo assim os avanços em seu ambiente e não apenas durante a terapia. A participação da família é de estrema importância!

Método de Trabalho

  1. Entrevista Inicial
    Primeiramente, os familiares responsáveis pela criança passam por uma entrevista inicial, onde serão coletados os dados da história de vida da criança

  2. Avaliação
    Após colher os dados na entrevista inicial, a profissional faz uma avaliação para computar as habilidades e déficits comportamentais da criança, isto a partir de um instrumento de avaliação e dados colhidos com os responsáveis e outras pessoas que convivem com a criança, como professores e outros profissionais.

  3. Plano de Intervenção
    Em seguida é feito o Plano de intervenção, que são os objetivos terapêuticos traçados a partir da avaliação.
    Neste momento, os responsáveis são orientados com relação a estes objetivos e ao que foi observado em avaliação, podem tirar dúvidas e são orientados quantos aos próximos passos.

  4. Intervenção
    Depois, inicia-se a intervenção, onde serão realizados os programas para alcançar os objetivos terapêuticos traçados. É dada continuidade aos atendimentos com a terapeuta coordenadora e o profissional que irá atender como Acompanhante Terapêutico (a) e aplicar os programas com a criança em casa ou na escola inicia o mais rápido possível.